Último dia em Hanói

Hanóis, galera!

Estamos deixando o Vietnã! E podemos dizer que adoramos nossos dias aqui. As pessoas são muito legais e receptivas e o país tem impressionantes belezas naturais. A comida varia do sensacional, para o horrível, dependendo de onde vamos. Gostamos muito de Hanói (mais do que Ho Chi Minh) e finalmente conseguimos conhecer um pouco mais sobre a vida dos Vietnamitas. Mas, apesar de todas as boas experiências que tivemos aqui, percebemos que, infelizmente, o país ainda sofre muito.

Grande parte do que descobrimos sobre o Vietnã, foi porque conseguimos fazer um walking tour por aqui com uma guia local. Ligamos ontem mesmo para um site de uma entidade sem fins lucrativos e marcamos o tour para hoje. Essa entidade junta voluntários que querem ser “guias por um dia” com viajantes que querem conhecer mais o país (porque, de novo, a barreira linguística faz com que seja bem difícil entendermos como as coisas funcionam por aqui). E é bom para todas as partes: nós ficamos na companhia de um vietnamita (e o melhor, que é realmente um local, e não alguém que quer “vender pacotes turísticos”); e o vietnamita pode treinar um pouco o inglês e aprender também um pouco da cultura de outros países. Genial.

Mas depois a gente volta para o tour, porque ele foi só na parte da tarde. De manhã fizemos o Mausoléu (essa palavra é engraçada) de Ho Chi Minh. Ho Chi Minh é para o Vietnam assim como o Che é para Cuba – um herói revolucionário. Além de disseminar as ideias comunistas, ele foi responsável por acabar com a dominação francesa (que existiu até 1945).

O corpo fica exposto, embalsamado para nós vermos. Eu nunca tinha visto um corpo embalsamado antes (outros famosos embalsamados são Lenin e Jeremy Bentham), e o engraçado é que em seu testamento, Ho Chi Minh na verdade queria ser cremado (e suas cinzas jogadas nas montanhas do norte). Não sei quem, mas alguém desrespeitou isso, e não só ignorou sua última vontade como fez exatamente o contrário: deixou o corpo em um puta monumento, livre para todos o verem.

O lugar é muito bonito – extremamente amplo e limpo – mas você não pode andar onde quer: sempre dentro dos limites demarcados, como para te lembrar que o Governo manda, meu chapa. E a semelhança com o Che não é só na figura histórica não: o mausoléu do Che em Santa Clara está em um lugar bem parecido com o do Ho Chi Minh:

 

 

 

 

 

 

 

Pois bem, feito o passeio, voltamos a pé para o hotel que foi uma bela caminhada de uma hora. E aí ficamos esperando ansiosos para nosso tour na parte da tarde.

E tivemos sorte, porque nossa guia era MUITO legal e simpática. Muito obrigado Tra My Nguyen (se você estiver lendo o blog) por ter fechado nossa estadia no Vietnam com chave de ouro! Visitamos o Templo da Literatura (local de mais de mil anos que foi sede da primeira universidade no Vietnam); uma prisão construída durante a dominação francesa para prisioneiros vietnamitas e por fim demos mais uma volta pelo Old Quarter para experimentar uma iguaria vietnamita: Egg Coffee, que é café com gema de ovo. Estávamos assustados para experimentar isso, mas na verdade a gema que é colocada só dá um gostinho de bolo! haha. E é bom até. A Mari comeu o Egg Chocolate, que é chocolate com gema de ovo e adorou também.

Nos despedimos de nossa amiga My e fomos jantar no restaurante Ngon (o mesmo que fomos em Ho Chi Minh). Mas a comida não chega aos pés dos dois restaurantes do hotel (hum, dá fome só de pensar).

É isso, amanhã voamos para Siem Reap, no Camboja, penúltima cidade da nossa trip.

Feliz Natal!