Acordamos tarde em Petra (Wadi Musa) sem muitos planos. A ideia original era irmos de novo para Petra e fazermos alguma outra trilha. Mas duas coisas nos dissuadiram: primeiro que só pra chegar no primeiro ponto, são quase meia hora de caminhada; segundo que o tempo não estava ajudando muito e estava nublado e frio.
Enrolamos um pouco mais, desistimos da ideia de ir para o parque e fomos caçar algum café da manhã decente perto do hotel. Não achamos nada e o frio tava bem intenso. Quer saber? Bora pro deserto (Wadi Rum) que a gente ganha mais.
De tanto enrolar, saímos perto do meio dia. Era mais ou menos uma hora e pouco de viagem e não estávamos com muita pressa.
Finalmente chegamos. E a primeira coisa que a gente se depara é o centro de visitantes. O centro de informações é muito bonito, parece uma construção bem recente. O problema é que quando entramos lá, vemos que aquilo mais nos atrapalha do que ajuda.
A maioria das pessoas que chegavam lá já tinham reserva ou para algum camping ou para algum passeio. Nós acabamos nos sentindo como peixes fora d’água porque chegamos de supetão, sem reserva pra nada. Mas é claro que com um centro de informação tão bonito nós iríamos nos virar, cert?
Pior que não. O que a gente acabou percebendo é que aquilo ali não era um centro de informações mas na verdade uma agremiação de motoristas de passeios do deserto. Ou seja, uma espécie de sindicato de motoristas que estavam menos interessados em nos ajudar e mais interessados em brigar entre eles para ver quem era o próximo motorista da vez (na verdade eles brigavam em árabe e eu não entendia nada).
Eu já tinha lido um review de uma pessoa que também chegou sem reserva e foi indicada a um motorista qualquer e essa tinha sido uma péssima experiência…
Somado a isso eram vários passeios diferentes com lugares diferentes a serem visitados no deserto com preços diferentes e duração diferente. E para piorar ainda a história havia vários motoristas que ficavam no estacionamento do centro de informações nos assediando para que nós fizéssemos o passeio com eles e não com os motoristas indicados oficialmente pelo centro de informações. Parecia um pouco ilegal.
Quer saber? Vamos para a vila (rum village) para ver se a gente descobre alguma coisa. E não, não descobrimos nada. A vila é muito simples com algumas casas apenas. Bora voltar para o centro de informações (mais 5 minutos). Então aí é que tivemos a formidável ideia de irmos até uma das agências que existiam na vila. Achamos uma no TripAdvisor pegamos o endereço e fomos para lá.
A gente estava quase desistindo do deserto porque só nesse vai e volta já se foi mais de uma hora. E quando a gente chegou na sede da empresa, vimos que nada mais é do que a casa dos próprios donos. A moça que nos recebeu já foi logo dizendo que estava tudo lotado que não era assim que funcionava, chegando no mesmo dia. Mas a sorte grande foi q um casal tinha desistido de última hora e a gente.. conseguiu!!!
Aí, eu só perguntei por perguntar se não havia hospedagem também. E pra nossa sorte… Tinha!
Em pouco tempo encontramos nosso motorista e rumamos em direção ao coração do deserto. Se tínhamos achado o Mar Morto muito bonito, o deserto de Wadi Rum era infinitamente mais gigantesco e bonito.
Em cada ponto que nosso motorista parava, mais bonitas eram as vistas para aquela imensidão do deserto. Os motoristas sempre param em alguns pontos específicos do deserto, como por exemplo a fonte de Lawrence, a casa de Lawrence das arábias (eu chutaria que nosso amigo tradutor traduziria Lawrence no português para Fabrício). Paramos também em dois arcos que formam pontes nas rochas e num canyon que foi uma mini trilha de +- meia hora. Por fim chegava perto das 7 horas e fomos um local ver o pôr do sol. Foi inexplicavelmente lindo o sol se pondo no deserto.
Ao mesmo tempo em que o clima começou a ficar cada vez mais frio. Agora iríamos para o acampamento. Chegando lá uma surpresa positiva: o lugar era muito aconchegante e tinha uma lareira acesa para nos esquentar e que preparava um chazinho delicioso com ervas do deserto.
Pouco tempo depois o jantar já estava pronto – que por sinal estava delicioso. Nós já havíamos nos enturmado com gringos de diferentes nacionalidades. É claro que o assunto acabou sendo o Bolsonaro (todo mundo conhece ele) por mais que quiséssemos nos distanciar de política naquele momento haha.
No acampamento beduíno não tem energia, tudo é feito com fogo. A quantidade de estrelas no céu, o silêncio, tudo deixou a experiência totalmente diferente de tudo que já experimentamos antes.
O frio cada vez ficava pior, mas por sorte as nossas cabanas de tecido seguravam bem o vento, e o nossos cobertores (muito pesados) seguravam bem o calor.
Que imensidão!! Musos do deserto <3
Que incrível! Lugares e fotos maravilhosas! Uma experiência e aventura inesquecível! Areias vermelhas, rochas, calor, por do sol de arrepiar, depois muito frio…
Eu aqui, curtindo muito, achando tudo maravilhoso…. Mas não vejo a hora de vcs voltarem, dormir em casa rsrsrs
Amo vcs
Que lugar maravilhoso!!!! Experiência incrível migos, nem imagino como é ver isso de perto.
Camelinhos <3 <3
Beijoss