Isthmus Peak – Wanaka

Acordamos em: Wanaka
Dormimos em: Wanaka

Esse foi um dos dias mais cansativos de nossas vidas.
Não sabemos ainda o que foi mais responsável pela “quase morte” na trilha que fizemos até o Isthmus Peak, em Wanaka: a mochila que pesava pelo menos uns 5kg; a subida de 1000 metros em 16km; ou a nossa falta de forma. Provavelmente um pouco de cada coisa, mas o fato é que pensamos que não iríamos aguentar terminar o Isthmus Peak Track. O sofrimento e cansaço das 8 horas intercalava com uma das vistas mais bonitas que tivemos até agora: o lago Hawea e o Wanaka.

Acordamos cedo em nossa campervan, e fizemos um cafezinho rápido ali mesmo. Tínhamos dormido com uma vista sensacional do lago Wanaka, e acordar lá foi abençoado! Arrumamos nossa tralha, tomamos um banho esperto e rumamos em direção ao Isthmus Peak Car Park. Lá começaria nossa jornada!

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O comecinho foi tranquilo até! Tá vendo Mari, quando a mulher falou pra gente NÃO FAZER essa trilha, é por causa dessas subidinhas… cansa né! Tá vendo, não é perigoso, só tem um pouco de subida. Tá vendo, apesar de no guia estar nível HARD, acho que vai ser relativamente tranquilo completarmos.

O que não sabíamos é que, quando achávamos que estávamos na metade da trilha, e que já tínhamos feito todas as subidinhas, na verdade a gente não tinha completado nem 0,01% da parte difícil. A subida de fato, ainda nem tinha começado. O nível foi tão difícil que tínhamos que parar para descansar a cada 30, 50 metros. Não dava. A gente tentava revezar a mochila, mas não adiantava. A gente descansava, mas na retomada do primeiro passo parecia que já cansávamos tudo de novo.

E quando achamos que estávamos perto do topo (afinal, tinha um pico ali, deveria ser o Isthmus!), na verdade era uma doce ilusão. O topo estava atrás do topo. E o topo atrás do topo não era o topo, porque havia OUTRO topo atrás do topo. Foi assim, com umas 4 frustrações, pé com bolhas (o da mari sangrou até) que finalmente, meu DEUS finalmente!! chegamos.

A vista é surpreendente, e olha só que legal, aqui eu pedi a Mari em casamento! A partir desse momento estamos NOIVOS (mesmo sabendo que a palavra NOIVOS é meio brega). Descemos a trilha NOIVOS (brega!) e achávamos que agora era moleza, afinal, descer todo santo ajuda! Ainda mais NOIVOS!

Meu Deus, tudo errado. Demoramos ainda um tempão e terminamos o último gole de água ainda no topo. Pra piorar, a Mari começou a sentir o joelho… Enfim, chegou um momento que a gente não pensava em nada, só em dar um passo atrás do outro e tentar esquecer da sede e do cansaço que se abatiam sobre nós. Falando assim parece até que estou exagerando, mas de verdade – foi “tenso”.

Nada deu mais prazer do que avistar e chegar na nossa campervan e beber água loucamente. Foi melhor do que chegar no topo, verdade!

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Voltamos para Wanaka, descansamos um pouco, e tive o prazer de colocar a roupa mais bonita que tinha! Afinal, depois de algum tempo iríamos jantar de forma “decente”. Olha que bacana, saímos as 9 da noite, bora jantar! Vamos comemorar, pois estamos NOIVOS. E olha só que legal: TUDO FECHADO. Afinal, quem seria maluco, doente ou retardado de sair pra jantar na madrugada das 9 da noite?

No fim, achamos uma pizza (meio que a única opção que tínhamos) que estava deliciosa! Fomos dormir felizes, como quem acabou de ser amassado por um rolo compressor de fazer asfalto de estrada!

Até!

Esse vídeo foi feito por um drone de um casal que conhecemos no topo do Isthmus Peak! Olhá nós aí de laranja e rosa!