Dia 10 – De Selfoss até Vík

Acordamos: 1A Guesthouse
Dormimos em: Vik Camping

Acordamos cedo no melhor hotel da viagem até agora. O plano é resolver problemas: temos que ir consertar o pneu que está furado. Na noite anterior, descobrimos um lugarzinho em Selfoss (10 minutos de onde estávamos) que consertaria pra gente. Acredite, tudo na Islândia é extremamente difícil, até mesmo consertar um pneu furado.

Chegando lá na oficina chegamos à conclusão do que estávamos suspeitando: os Islandeses não são simpáticos. A primeira (e única) coisa que o cara lá falou foi: “tira o carro daí, cara”. Enfim, no fim das contas deu tudo certo e a conta não foi das mais baratas: 180 reais para consertar um pneu. 

Já que estávamos na cidade, aproveitamos para parar no supermercado e renovar os estoques. Tomamos nosso café da manhã e partimos para a estrada. A primeira parada foi na Urridafoss, que é considerada a cachoeira com maior volume no mundo. 

Em seguida, paramos para conhecer mais uma cachoeira, a Seljalandfoss. No caminho paramos para conhecer uns cavalinhos que estavam perto da estrada. Quando eles notam que estamos chegando perto, eles já vem até a cerca para receber carinho. Dá vontade de abraçar e levar pra casa! 

Seguimos viagem até o Eyjafjallajökull Erupts, que é um pequeno museu que conta a história da erupção do vulcão Eyjafjallajökull, em 2010, e como uma família que vivia na beira do vulcão reconstruiu sua fazenda. Essa erupção não foi das maiores da Islândia, mas foi suficiente para bloquear o tráfego aéreo da europa por vários dias. 

A próxima parada foi na Seljavallalaug pool, que é a piscina termal mais antiga da islândia, construída em 1923. Ela fica no meio de um vale e tem uma pequena trilha de 20 minutos bem bonita para chegar até lá. Estávamos preparados para entrar na água quentinha, mas quando chegamos lá desistimos. A água não estava tão quentinha assim – e nem tão limpa – e do lado de fora estava um frio do caramba. Então só curtimos a vista do vale e voltamos para seguir a viagem. 

Seguimos para a Rutshellir Cave, que é uma caverna feita pelo homem em uma rocha imensa. Segundo a história foi usada como um celeiro durante o século 20 e muito antes disso também foi uma residência. E como tudo na Islândia, também tem uma lenda sobre essa caverna. Segundo a lenda, essa caverna foi a casa de um troll malvado chamado Rútur que tinha escravos. Três desses escravos tentaram matar o Rútur mas não conseguiram e acabaram sendo mortos por ele. Enfim, a história tem mais detalhes, mas acho que não importa muito (medo de irritar o Rútur com essa constatação).

Depois fomos para a Skogarfoss, que é uma das maiores cachoeiras da Islândia, em termos de altura. Tem 60 metros de altura e 25 metros de largura. É bem impressionante. Por mais que na Islândia tenham milhares de cachoeiras e no final das contas vc começa a confundir todas, parece que sempre vale a pena parar para ver mais uma pq elas são sempre impressionantes. 

Nossa próxima parada seria no Solheimasandur Plane Wreck, que é o local onde um avião americano da marinha ficou sem combustível em 1973 e caiu nessa praia de areia preta em Solheimasandur. Só que o que não sabíamos é que tinha uma trilha de 3.5km pra chegar até o avião e depois para voltar e estava chovendo. Ainda tínhamos bastante coisa para conhecer e acabamos pulando essa, porque não podíamos ficar esperando a chuva passar. 

No caminho para a próxima parada, felizmente o tempo melhorou e pudemos tirar fotos maravilhosas do Dyrhólaey, que é uma formação rochosa muito impressionante e com vistas incríveis da costa sul da Islândia. Dá pra ver lá de cima a força com que o mar bate nas pedras. Inclusive foi até proibido descer até a praia que tem logo abaixo dessas rochas, por causa da força e da imprevisibilidade das ondas. Alguns turistas que estavam tirando fotos na praia já morreram por causa disso.

A última parada do dia foi na famosa Reynisfjara Beach. Que é uma das praias de areia preta da Islândia, mas que é a mais famosa por ser a mais linda. Ela é imensa e tem uma rocha com várias colunas de basalto. Inclusive, enquanto estávamos lá estavam gravando com um drone o que parecia ser um filme do james bond, com um ator de terno correndo entre as colunas e fazendo caras e bocas. No final, descobrimos que era alguma propaganda de mala. 

Colocamos nosso droninho para voar e notamos a quantidade de drones que estavam voando também, foi até engraçado. Tinha um drone de corrida que ficava passando tirando finas em todos os outros drones, inclusive no drone do pessoal da propaganda. 

Encerramos o dia no Vik Camping. Um camping dentro da cidade de Vík, jantamos um hamburger no restaurante da cidade, tomamos nosso banho coletivo – aqui na islândia é comum os banhos serem todos juntos (homens e mulheres separados, claro) – e fomos dormir na nossa campervan cansados e felizes!

Boa noite! 

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