Angkor… What?

Bom dia amigos!

Acordamos (depois de uma noite não tão bem dormida, graças aos hóspedes barulhentos do hotel), tomamos café e fomos conhecer nosso motorista de tuktuk por um dia, o Tola.

Compramos no hotel mesmo esse tour de tuktuk pelos templos, já que a distância entre um templo e outro é grande e não é muito recomendável fazer a pé. É possível fazer de bike também, mas no calor úmido de 40 graus que faz nessa cidade, não achamos uma boa idéia. Ficar com o tuktuk o dia todo por nossa conta custou 14 dólares, pagando no hotel. Não sei se combinando por fora com o motorista ficaria mais barato, mas no final das contas, pagamos sem reclamar porque o Tola virou nosso best migo!

Partimos para os templos e no caminho paramos para comprar os singelos tickets de 40 dólares por pessoa, para três dias. Só é possível comprar ticket para um dia (20 dólares) ou três dias. Na hora de pagar, a tia do caixa não aceitou nosso dinheiro (whaat?!). Não aceitou nossa tão amada e preciosa notinha de 100 dólares (equivalente a 400 dilmas!!!) para pagar os tickets porque ela tinha uma manchinha amarela (é sério, isso?!). A revolta começou a tomar conta de nós já que não tínhamos levado mais dinheiro e teríamos que voltar até o hotel para pegar, ou seja, perder tempo, perder templo… Mas, nosso bom amigo Tola parou num lugar de trocar dinheiro mais próximo e tivemos que praticamente “vender” nossa nota por menos do que ela valia. Só aceitariam aquela nota se ficassem com 5 dólares. Lição aprendida: o pessoal aqui é chato com dinheiro. Não é totalmente culpa deles, pois descobrimos que é o banco daqui que não aceita notas que sejam menos do que perfeitas. Ok. Compramos os tickets e fomos para os templos.

A primeira parada foi no templo de Angkor Wat (daí o trocadilho do título para quem não entendeu, explicar piada é muito chato, hahaha), um dos três templos mais famosos de todo o complexo, juntamente com os templos de Bayon (Angkor Thom) e Ta Prohm. Todo esse complexo de templos, chamado Angkor (que significa “cidade”) foi construído para ser a capital do império Khmer. O Angkor Wat é o símbolo do Camboja, aparecendo inclusive na bandeira do país. Foi originalmente construído para ser um templo Hindu do império Khmer, mas foi gradualmente se transformando em um templo budista no final do século XII

Só posso dizer que todas as expectativas foram atendidas e muito mais. Que lugar impressionante. Não dá pra explicar a riqueza dos detalhes, dos desenhos, da arquitetura. A única coisa que não parávamos de nos perguntar era: como conseguiram fazer isso há mais de mil anos atrás? Todas as paredes são ricamente entalhadas e desenhadas repensentando aspectos da religião e da história da civilização Khmer, responsável pela construção dos templos, que só foram encontrados há cerca de um século atrás, em 1860, pois ficavam escondidos na floresta . Falando assim parece até que são pequenos para poderem ficar “escondidos”, mais ainda é um mistério para nós como não encontraram essas gigantesquidades antes. É tipo como se a Disney tivesse sido encontrada escondida na floresta (?!?!).

Fizemos book de fotos no templo e depois de quase duas horas de exploração voltamos para o tuktuk para visitar o próximo: Angkor Thom, uma área simetricamente quadrada, em há dois templos, um deles é o Bayon. Neste templo estão esculpidos 216 rostos sorridentes dedicadas ao Buddha. É tudo muito grandioso e impressionante. Imaginar que tudo aquilo foi construído há tanto tempo e que pessoas viveram lá…

O mais legal é que podemos explorar tudo, caminhar em todos os lugares dos templos, sem qualquer restrição, exceto nas partes com risco de desabamento ou que já desabaram. Se esses templos fossem em outro lugar, como nos Estados Unidos ou em qualquer lugar da Europa, com certeza só poderíamos caminhar dentro das faixas demarcadas, em fila indiana, sem tocar em nada. Por um lado, isso seria bom porque conserva mais as coisas, mas por outro seria ruim porque não temos uma experiência real de explorar o lugar.

Em seguida, visitamos o templo Baphuon, ao lado do de Bayon, e depois fomos em direção ao Ta Prohm, o famoso templo do filme Tomb Raider. Se alguém ainda não se convenceu do quanto esse lugar é impressionante, talvez agora se convença… Nesse templo, as árvores enormes cresceram entre os escombros criando um cenário muito único. As raízes das árvores são tão grandes que parecem outras árvores.

Eram 4h30 da tarde e já havíamos conhecido os templos principais e por incrível e pareça conseguimos ótimas fotos (sem turistas de fundo), coisa que achávamos que seria impossível por causa dos vários relatos que lemos de pessoas que mal conseguiam tirar uma foto decente por causa do excesso de turistas. Os templos estavam cheios, mas longe de nos impedir de fazer nossos books. Que sorte 😀

Passamos em outro templo (Banteay Kdei) e seguimos em direção ao Phnom Bakheng, para ver o pôr do sol. No caminho, demos carona para um casal que mora em Xangai, mas ela é austríaca e ele é suíço, e acabamos ficando amigos. Eles estavam comemorando 4 anos de casados e levaram uma garrafa de champanhe para beber vendo o sol se pôr. Resultado: em agradecimento, eles dividiram o champanhe com a gente (nós educadamente tentamos recusar, antes que alguém julgue nossa folga). Então, apesar de não conseguirmos subir até o topo do templo, pois só cabem 300 pessoas e a fila estava enorme, fizemos amigos muito simpáticos, bebemos champanhe e vimos sol se pôr de um lugar menos privilegiado.

Terminamos a noite no Hard Rock Siem Reap, assistindo o show de uma banda filipina excelente!! Olha que ocidentais! Siem Reap também é moderninha, tão achando o quê?!

Ufa. O dia foi MUITO intenso, mas muito feliz.

Boa noite!!