Acordamos em: Trinidad
Dormimos em: Trinidad
Resolvemos ficar hoje também em Trinidad. O plano era fazer um mergulho pela manhã e conhecermos a cidade (e as praias) na parte da tarde. Tomamos bem cedo um café com gosto de geladeira (o abacaxi estava horrível).
Ficamos esperando o broder que ia nos levar para o mergulho. O combinado era entre 8 e 8 e meia, mas ele chegou só as 9h. Fomos até Guajimico, um local que na verdade era o dobro de distância (40km ao invés de 20km) do que ele havia nos dito (pequenos golpes, lembram?).
Guajimico |
Baia de Guajimico |
Quando chegamos, o barco do mergulho havia saído e teríamos que esperar até umas 11h da manhã. Ficamos putos da vida porque só nessa brincadeirinha já tínhamos perdido toda a manhã sem ao menos mergulhar. E isso que o broder estava com uma menininha que ele levou só pra curtir o “resort” de Guajimico (lembrando que esse é mais um dos hotéis estatais decadentes…).
Quando íamos pegar o carro e ir embora, o barco chegou, e claro, decidimos então mergulhar.
No final, valeu a pena. O mergulho foi ótimo, o dive master era excelente e conseguimos ver bastante fauna.
Saindo de Guajimico aproveitamos o carro para conhecer Playa Ancón. Essa é a praia principal de Trinidad, que fica a uns 10km de distância – Trinidad não é exatamente uma cidade de praia, mas quase isso.
Playa Ancón |
E mais carona. Dessa vez foi para uma professora de espanhol que desabafou que a vida em Cuba é injusta em se tratando de salários. Ela disse que gostaria muito poder se sustentar de seu trabalho, mas é impossível viver apenas com 20 CUCs por mês. Até os guardadores de carro ganham mais do que ela (fizemos umas contas e um guardador consegue tirar isso em apenas um dia…). Ela gostaria de conhecer Cuba, mas não tem dinheiro. Vê novelas brasileiras e morre de vontade de poder mudar para o Brasil, para uma vida melhor (como na novela).
E claro, como brasileiros justos que somos, alertamos ela que a vida no Brasil está longe também de ser como na novela.
Fomos em um paladar totalmente escondido mas que era tinha uma comida bem decente (La Marinera em no pueblo de Casilda).
Chegando em Playa Ancón, tentamos dar uma de desentendidos e entrar pelo hotel principal de lá (que era all inclusive também), mas fomos barrados por uma segurança que tinha cara de ser muito chata. Demorou 2 segundos para ela perceber que podíamos ser uma fonte extra de renda. “Opa, vocês não podem entrar aqui no hotel… mas olha, se vocês me derem 2 CUCs eu libero a entrada e ainda cuido do carro”.
Acabamos aceitando o acordo, e fomos passear na praia, que é bonita, mas não tanto como imaginava.
Playa Ancón |
De volta para Trinidad, finalmente fomos conhecer o centrinho da cidade, que é bastante simpático principalmente por ser proibida a circulação de carros por ali. Já disse isso, mas vale ressaltar que os vários bares e restaurantes de Trinidad, todos com salsa ao vivo fazem com que o clima seja muito gostoso.
Centro de Trinidad |
Se você parar no meio da rua e prestar atenção a todos os sons que ouvir, consegue distinguir pelo menos uns 4 ou 5 grupos de salsa tocando ao mesmo tempo nos restaurantes ali do lado.
Tranquinidad! |
Centro de Trinidad |
Aqui também tem uma “Casa de la Musica”, que são estabelecimentos que tocam, todos os dias, salsa com direito a aula e tudo (em praticamente todas as cidades importantes tem uma). Os cubanos, por esperteza ou por amor à dança, tiram as gringas para dançar salsa. E realmente, eles dançam excepcionalmente bem. E foi no restaurante encostado a Casa de la Musica que fizemos nossa última refeição em Trinidad, que sem dúvida foi a melhor até agora.
Fim do dia! |
Mudamos o roteiro um pouco, então por indicação de todos com quem conversamos, ao invés de irmos a Cayo Coco, vamos para Cayo Santa Maria. A viagem é bem longa também, então amanhã devemos partir cedo e dispensar, com toda a felicidade do mundo, o café da manhã oferecido por nossos anfitriões.