Não há nada mais feliz do que escrever o que talvez tenha sido o melhor dia da viagem até agora! Claro que pra isso o tempo ajudou – e muito. O dia foi de sol até o final da tarde. Já to começando a achar que a gente teve muita sorte com o sol por aqui 😀
Acordamos no nosso camping/guesthouse em Myvatn. Como ontem chegamos relativamente tarde e o tempo foi horrível – choveu o dia todo, hoje teríamos todo o dia para fazer TUDO o que é possível fazer em um dia em Myvatn.
E claro, antes de mais nada, precisamos apresentar Myvatn. Myvatn é um lago (e também uma região em volta desse lago) que está situada exatamente onde duas placas tectônicas estão se afastando – a placa norteamericana e a placa euroasiática. E quando a terra ‘abre’, tem muita atividade vulcânica. Myvatn está localizada bem nesse lugar.
É por isso que tudo por aqui (e tem bastante coisa pra ver) é relacionado com vulcão, lava e águas termais.
A gente não estava colocando muita fé por aqui, porque quando chegamos ontem a tardezinha não pareceu ser ‘tãoo’ bonito assim. Ainda bem que estávamos errados!
O dia começou indo visitar Krafla, que é um “sistema” de vulcões ainda ativo, em que as últimas erupções foram nove que aconteceram de 1975 a 1984 (esses eventos são chamados também de Krafla Fires).
Pra nossa surpresa: havia nevado na noite anterior! As montanhas estavam branquinhas então o cenário hoje foi o mais bonito possível 😍.
E a cratera de Krafla é linda. Com uma água azul-turquesa, andamos um pouco ao redor dela, e é de tirar o fôlego. Afinal de contas, parece que Myvatn até que é bonita heim?
Depois de Krafla, entramos em uma usina Geotermal. Eu estava louco para conhecer por dentro de toda aquela fumaceira de vapor de água. E não é que naquela usina tinha um “visitor center”? Entramos (só tinha a gente), e o islandês que nos recebeu era simpático e falava português porque já tinha feito intercâmbio no Brasil. Foi interessante aprender um pouco mais de como funcionam as usinas geotermais.
Dali fomos para uma gruta com água quente natural. Parece que ela era bastante popular para relaxar (e que vontade que deu de nadar ali naquela água quentinha protegida do vento!), mas hoje é proibido entrar na água. Aliás, de novo uma objeção à Islândia – eles proíbem muitas coisas por aqui.
Lá mesmo fizemos uma mini-trilha que dava para um lookout com uma boa visão dos arredores. Aproveitamos para fazer algumas fotos panorâmicas e o efeito ficou bacana.
Estávamos quase indo embora quando resolvemos baixar o Trip Advisor Iceland que nos dizia que uma das atrações mais legais de Myvatn era uma cratera de um vulcão que explodiu há mais de 2 mil anos – Hverfjall. E o guia não estava errado: essa mini-trilha (de umas 2h) foi uma das mais legais que fizemos. Isso porque subimos até o topo e circulamos todo a cratera (o que levou 1h mais ou menos). Ali a vista era maravilhosa: longe na distância víamos várias montanhas com neve, conseguíamos ver o lago Myvatn inteiro, e basicamente pudemos nos localizar em relação a toda a Ilha: o que estava a leste (os fiordes do dia anterior), a oeste (Akureyri, que era a próxima cidade), norte (o oceano) e sul (as Highlands islandesas, provavelmente o lugar mais inóspito da ilha).
Tocando para Akureyri, ainda vimos no caminho uma última parada: uma linda cachoeira (Godafoss) que paramos para tirar mais algumas fotos.
Chegamos em Akureyri e não esperávamos uma metrópole! A cidade é enorme tem vários restaurantes, cafés, exibições de arte, uma livraria muito bacana, pessoas pintando e desenhando em cafés, outras jogando baralhos em hostels, enfim a cidade estava agitada! Entendemos a razão: Akureyri é a segunda maior cidade da Islândia. Chuta quantos habitantes: 18 mil haha!
No fim do dia / meio da noite ainda pegamos o carro para tentar ver uma aurora boreal, mas tá difícil: até agora nada.